Quatro regras para mudar o futebol brasileiro

De um lado, os defensores do planejamento, meritocracia, cotas de televisão desiguais, previsibilidade no último e outros atributos quetais do futebol neoliberal. De outro, nós, os saudosistas, que caminhamos no limiar do caos; devoradores de unhas, amantes do imprevisível, passionais párias que caminham pelas calçadas com alguma esperança de ver a ressurreição do futebol.

O RIP Futebol Clube, na tentativa de proporcionar ao menos um calor adicional ao sistema de pontos corridos – na impossibilidade momentânea de detoná-lo -, sugere algumas regras a serem aplicadas em 2017 para reduzir a desigualdade e chacoalhar o cenário local. Podemos ser loucos; podemos ser ingênuos – mas com a boca fechada jamais ficaremos!

1) REBAIXAMENTO DE 10 TIMES ou NOTA DE CORTE:

Chega de ver sempre o efeito iô-iô acontecendo com os mesmos times e a incompetência de alguns sendo premiada pela falta de vagas na divisão inferior. Vamos pegar este ano como exemplo: por que o Inter, apenas, deve cair? Bota o São Paulo nessa também, então? Não querem justiça? Poderíamos estabelecer uma nota de corte – fez menos de 45 pontos? PLAU! Caiu. Se por acaso essa meta não cobrir dez times, caem todos os da segunda página da classificação. Os quatro primeiros vão à Libertadores e os restantes disputam um hexagonal valendo dinheiro.

2) IMUNIDADE PARA CAMPEÕES ESTADUAIS E DE DIVISÕES

Campeões estaduais estariam imunes a rebaixamento no ano do título por eles vencidos. Isso valorizaria os certames regionais, além de temperar o torneio nacional com uma variável de entortar o cérebro de qualquer Tristão Garcia. O mesmo valeria para o primeiro colocado de cada divisão. Os campeões da Sul-Americana e Libertadores também desfrutariam da benesse.

3) SEIS PONTOS em clássicos:

O time que vencer um clássico leva o dobro de pontos. Simples.

4) CASA VAZIA PERDE PONTO:

Se a torcida do mandante não encher pelo menos 60% do estádio, o time leva apenas dois pontos se vencer. Se empatar ou perder, merecido será.

E aí, mais alguma regra para sugerir?

4 comentários sobre “Quatro regras para mudar o futebol brasileiro

  1. Direitos de de TV divididos por igual entre os 20 times. Chega desse negócio de segregar os times, as disputas ficariam muito melhores com mais times qualificados.
    Rebaixamento por dívida.
    Árbitros profissionais.

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  2. a regra dos campeoes estaduais inviabilizaria a primeira… mas gostei dos principios, daria pra ajustar… cada time teria q escllher o seu rival, tendo em
    vista q nem sempre eles
    estariam na mesma
    divisao, alem de q os times
    de sp e do rio tem 3 rivais, e os de mg, sc,rs apenas um

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  3. Minha proposta:

    Série A com 40 times. Junta a primeira e segunda divisão em dois grupos de 20, o grupo verde e o amarelo. Todos contra todos em turno único mais a rodada de clássicos no meio do ano valendo 6 pontos (oportunidade única de virar o jogo no meio do campeonato justo contra o rival) totalizando 20 rodadas. O vencedor de cada grupo garante vaga prévia na Libertadores, porém, não é campeão. Vem o mata-mata (sem regra de gols fora de casa) com os 4 primeiros de cada grupo em ida e volta até a final em jogo único em estádio pré-definido no inicio do ano. Cada ano teria a final em um estádio de cada uma das 5 regiões do país, assim levaria um Palmeiras e Flamengo pra Manaus, um Grêmio e Galo para Salvador, etc… leva jogos importantes pra regiões afastadas de vez em quando e vira um atrativo pra torcida ir ver o time em um lugar diferente (ir ver o SPFC fazer final com o Inter no estádio do Paysandu por exemplo). O campeão e o vice vão pra Libertadores junto dos dois vencedores de grupo. Critérios de desempate seriam criados em caso de repetência. Os dois últimos de cada grupo caem direto. O 17º e 18º de cada grupo pegariam os 3º e 4º da série B (que teria o mesmo formato) para ver quem caia e quem subia. Do 5º ao 16º disputam mata-mata por vagas na sul-americana. Poderia ser por formato de grupos também. Jogos só nos finais de semana. Meio de semana seria para Copa do Brasil com 128 times. Primeiras 4 rodadas seriam jogo único na casa do time mais mal colocado no ranking (ex. Fluminense e ASA seria no estádio do ASA em jogo único) aumentando chance de zebra. A final também seria em jogo único no fim do ano no mesmo modelo do Brasileiro (cada ano um estádio). O campeão garante vaga na Libertadores (totalizando 5 vagas) e faz final da Recopa com campeão Brasileiro no último jogo do ano em jogo único.

    Série B teria o mesmo formato com dois finalistas e dois lideres garantidos na série A seguinte.

    Não teria série C. Os estaduais classificariam os times para a Série B que seria formada pelos rebaixados da série A e os campeões e vices estaduais do ano anterior (52 times) + 4 rebaixados diretos + 4 rebaixados do mata-mata entre ultimos A e primeiros B somando 60 times.

    Os estaduais seriam jogados o ano inteiro e teriam suas divisões de acesso conforme necessário.

    Os regionais poderiam entrar no calendário como pequenas copas com poucas datas funcionando como pré-temporada. Seria um bom jeito de calibrar o time no começo do ano contra times fortes ao invés do marasmo que existe hoje nos regionais. Juntaria os times da região que estão na Série A, os que estão na Série B + classificados dos Estaduais (critérios a definir).

    Em suma, um time jogaria no maximo 4 competições (Brasileiro ou Estadual, Copa do BR, Libert ou Sul Americana e Regionais).

    A ideia mistura mérito (regularidade classifica pra Liberta, mas não dá titulo) com emoção (mata-mata, repescagem para os últimos, rotatividade da série B) além de expandir a Série para o Brasil inteiro e não concentrar mais na parte centro-sul do país (se fosse hoje, teriamos Sampaio Corrêa, Paysandu, Nautico, América de RN todos na série A). Ah, claro, cotas de tv iguais no primeiro ano (todo mundo leva 100 milhões por ex.). No segundo, o campeão ganharia cota de 200, o segundo de 195 e ia caindo até o rebaixado, sem muita diferença de um para o outro. Valoriza o mérito esportivo (quem monta melhor um time) do que o financeiro (SPFC tem folha 20 vezes maior que Goiás por ex).

    Outra regra seria obrigatoriedade do time inscrever um máximo de 30 jogadores na competição e que 20% destes seriam obrigatoriamente formados na base do clube nos últimos 5 anos, obrigando o investimento na categoria de base. Na virada pro mata-mata o time poderia trocar 5 jogadores dos inscritos no início (incluir contratados, novos da base, etc). Machucou 15 jogadores no ano ano? Se vira com o que tem. E só poderia trocar de técnico 2 vezes.

    Outras ideias como decisão por pênaltis em empates, pontos por público poderiam ser discutidas para aumentar a emoção.

    O principal é o time ter o que fazer o ano inteiro e ter o que disputar o ano inteiro. É isso.

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  4. Seis pontos em clássico seria absurdo. Muito subjetivo. Os times de São Paulo e Rio seriam beneficiados. Nota de corte é interessante.
    Minha sugestão seria jogador que nitidamente cair simulando estar machucado ficaria 3minutos fora. No caso do goleiro que tem atendimento diferenciado entraria imediatamente o goleiro reserva não contando como substituição.

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